BALI, 16 NOV (ANSA) – O comunicado final da cúpula do G20 publicado nesta quarta-feira (16) afirma que a “maioria dos membros” do grupo “condena a guerra na Ucrânia”. Mesmo com o incidente com mísseis na Polônia, o texto não foi alterado em relação ao rascunho ventilado na mídia internacional um dia antes.
“A maioria dos membros condena fortemente a guerra na Ucrânia e enfatiza que ela está causando um imenso sofrimento humano e exacerbando fragilidades já existentes na economia global – limitando o crescimento, aumentando a inflação, interrompendo cadeias de abastecimento, aumentando a insegurança energética e alimentando determinados riscos para a estabilidade financeira”, diz o documento.
O comunicado ainda pontua que o mundo “está vendo os novos impactos negativos da guerra na Ucrânia sobre a economia global” e que “deplora com a máxima firmeza a agressão da Federação Russa contra a Ucrânia e pede a sua retirada completa e incondicional do território” invadido.
O texto destaca, porém, que “existem outros pontos de vista e diversas avaliações da situação e das sanções” impostas por países ocidentais à Rússia.
“Reconhecendo que o G20 não é a sede para resolver as questões de segurança, reconhecemos que essas questões de segurança podem ter consequências significativas para a economia global”, acrescentam.
Os representantes ainda pontuaram que, nas questões econômico-financeiras, há uma grande preocupação “com a deterioração e o endividamento dos países de renda média”. No tema, há um pedido para uma resposta “mais adequada” desses governos sobre suas dívidas e o apelo para que os bancos centrais ajam para evitar uma alta ainda maior da inflação no mundo.
São membros do G20: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além da União Europeia.
Ao fim formal do encontro, o presidente indonésio, Joko Widodo, encerrou fazendo a transição da liderança do G20 para o premiê da Índia, Narendra Modi, país que sediará a edição 2023 da reunião. (ANSA).