BRASÍLIA (Reuters) – O saldo do projeto de privatização da Eletrobras aprovado no Congresso é “vastamente positivo”, disse o ministro a Economia, Paulo Guedes, destacando que o governo conseguiu eliminar as principais distorções incluídas no texto que não tinham relação direta com o objetivo da medida provisória.

“Reformas nunca são perfeitas”, disse o ministro durante evento virtual com representantes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta quarta-feira.

“Os jabutis maiores foram abatidos, foram removidos. Ficaram alguns jabutis que vão se dissolver no ar”, afirmou.

Sobre uma das principais críticas feitas ao projeto, o fato de que ele prevê a contratação obrigatória de térmicas a gás, Guedes argumentou que a medida não seria desvantajosa porque os custos da energia no país hoje, com a contratação de termelétricas, são mais elevados.

“O que parece um subsídio na verdade é uma promessa de comprar a menos da metade do preço atual”, afirmou Guedes.

Ele ressaltou que o governo continua tendo como meta a liberalização do mercado de energia: “e nós vamos chegar lá”.

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“Tem grupos defendendo as distribuidoras, tentando impedir a liberalização, mas tem grupos que, vocês conhecem bem, defendendo as indústrias, que são os grandes consumidores de energia, e nós precisamos de energia barata, então vamos ter que desregulamentar mesmo, isso tem que voltar para pauta.”

(Por Isabel Versiani)

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