Apesar do avanço das aplicações de nuvem, muitas empresas ainda pretendem manter ou ampliar seus investimentos em mainframes. É o que mostra estudo recente da consultoria ISG, realizado com 200 líderes de TI de grandes corporações nos EUA e na Europa. Um terço dos entrevistados disseram que devem investir no upgrade de processadores e storage para seus serviços de mainframe nos próximos três anos, enquanto15% afirmaram que pretendem comprar um novo sistema de mainframe.

Mainframes são conjuntos de computadores projetados para processar grandes volumes de dados e transações. Eles são normalmente usados por gigantes dos setores financeiro, governamental, varejo e farmacêutico, entre outros. IBM, Dell e HP são alguns dos nomes mais tradicionais entre os fabricantes de mainframes.

Para o ISG, há “prioridades conflitantes” quando se fala em mainframes e nuvem. Por um lado, há um grande impulso para a migração para a nuvem. Por outro, alguns sistemas exigem níveis de segurança e processamento de dados que os mainframes locais atendem com eficiência.

“A demanda pelos mainframes é impulsionada pela incapacidade das empresas de desativar sua infraestrutura legada, muitas vezes devido a exigências empresariais conflitantes” disse Michael Dornan, analista principal da ISG e coautor do estudo.

MFaaS ganha espaço

Uma alternativa para empresas que pretendem manter usar sistemas de mainframe é a modalidade Mainframe as a service (MFaaS). Nessa modalidade, as corporações podem contratar sistemas de mainframe diretamente dos grandes provedores de nuvem.

Empresas que optam por essa estratégia não precisam se preocupar com contratar mão de obra especializada em mainframes. Esses profissionais são cada vez mais escassos no mercado, já que muitos desenvolvedores estão se aposentando e novos talentos não costumam conhecer as linguagens usadas em mainframes. Entre as empresas que participaram do estudo, 40% migraram alguns serviços para MFaaS nos últimos três anos.