O ministro da Educação, Abraham Weintraub, voltou a ser alvo de críticas do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “Só trabalho com bandeira branca, o problema é que o grupo que o ministro (da Educação, Abraham Weintraub) representa é a bandeira do ódio”, disse Maia ao ser questionado sobre a relação entre os dois.

“Eu não posso negociar com quem tem a bandeira do ódio de forma permanente, atacando e agredindo as pessoas nas redes sociais. Com o presidente da República vamos tratar de todos os temas, inclusive de educação”, afirmou o deputado.

A relação entre os dois está abalada. Na semana passada, Maia fez ataques diretos a Weintraub, ao acusá-lo de “brincar” com o futuro das crianças. Maia ficou contrariado com a demissão do advogado Rodrigo Sergio Dias, indicado por ele para o comando do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) em dezembro, em pleno recesso parlamentar.

Outros parlamentares também colecionam críticas ao ministro que deve ser convocado a prestar explicações no Congresso sobre os erros no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A deputada Tabata Amaral protocolou no dia 24 de janeiro um requerimento para que seja ouvido pela Comissão de Educação e, nesta segunda, foi a vez do líder da oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), pedir que Weintraub seja levado ao plenário.

Líderes do Centrão devem debater entre hoje e amanhã se vão apoiar ou não o pedido de convocação do ministro para que ele seja ouvido no plenário. Porém, para alguns parlamentares, a dinâmica das audiências no plenário da Casa, tendem a “proteger” os convocados e, por isso, essa ideia possa ser abortada.