Nessa terça, 20, o grupo de teatro Magiluth encena seu “O Ano em Que Sonhamos Perigosamente”, às 20h, no Itaú Cultural. O oitavo trabalho do grupo do Recife reflete acumulações de 11 anos de trajetória – agora 12 – e a parabólica do momento político, as ocupações, os movimentos e a natureza das coisas.

A cena pode ser entendida como uma plataforma de ações performativas que se deixam ocupar/contaminar pela dança, pelo teatro, pela obra cinematográfica do grego Yorgos Lanthimos, pelo pensamento filosófico do esloveno Slavoj Žižek e do francês Gilles Deleuze, entre outras variantes.

Não se pretende um enredo, mas sensações e possibilidades de recepção a uma obra aberta a múltiplas interpretações. Seus artistas sinalizam com uma espécie de ensaio de resistência ético-estético-político. Pode-se fugir, esconder, confundir, sabotar, cortar caminho. Há, porém, a subjetividade e todas as suas nervuras e ramificações.

Os chamados “sonhos emancipatórios” como “Occupy Wall Street”, Primavera Árabe e Revolução Laranja na Ucrânia, distintos nas expressões e questionamentos, reverberaram no Brasil de Junho de 2013. O espírito de época sintoniza ainda o Movimento Ocupe Estelita, na capital pernambucana, latente e pulsante nos corpos e discursos.

Serviço

“O Ano em Que Sonhamos Perigosamente. Itaú Cultural. Avenida Paulista, 149. Tel.: 2168 1777. Terça-feira, dia 20, às 20h. Grátis.