Multicampeão com os Los Angeles Lakers nas décadas de 1980 e 1990, Earvin “Magic” Johnson Jr. se tornou um bilionário, de acordo com a Forbes, revista especializada em finanças. Astro da National Basketball Association (NBA), ele se junta a outros três nomes do esporte – Michael Jordan, LeBron James e Tiger Woods – como os únicos atletas a acumular, ao longo de suas carreiras, mais de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5 bilhões, considerando a cotação atual).

Segundo a publicação, Magic Johnson – apelido que recebeu por causa de suas performances ainda na Everett High – tem uma fortuna estimada em pouco mais de US$ 1,2 bilhão (cerca de R$ 6 bilhões). Ainda na década de 1990, em entrevista à revista americana Sports Illustrated, o jogador revelou que, se em algum momento atingisse uma fortuna equivalente a US$ 200 milhões de dólares, investiria em uma franquia.

“E não precisa ser o Lakers” – pelo qual conquistou quatro títulos nos anos 1980 – “nem precisa ser um time da NBA. Eu sou um fã de esportes. Se o beisebol estiver disponível antes do basquete, eu estarei lá. Quero fazer um grande negócio.” Aos 64 anos, o bilionário cumpriu com aquilo que planejou: Washington Commanders, da National Football League (NFL); Los Angeles Dodgers, da Major League Baseball (MLB); Los Angeles Sparks, da Women’s National Basketball Association (WNBA); e LAFC, da Major League Soccer (MLS), são as franquias que Magic detém alguma participação.

Diferentemente dos outros atletas bilionários, Magic Johnson construiu a maior parte de sua riqueza após deixar as quadras. Enquanto Jordan já recebia uma parcela dos lucros da Nike ainda em seus primeiros anos como titular na NBA, o ex-jogador Lakers fundou sua própria empresa (Magic Johnson Enterprises), a fim de expandir seus ganhos e influência em diversos setores da indústria cultural. Além de redes de fast-food e participações no ramo cinematográfico, a seguradora de vida EquiTrust, sediada em Des Moines, Iowa, é aquela que mais rende lucros e tem maior influência sobre a composição de sua fortuna.

Entre 1979 a 1991, período que atuou pelos Lakers, estima-se que tenha recebido cerca de US$ 110 milhões de salário e, no máximo, US$ 4 milhões por ano com patrocínios. A efeito de comparação, LeBron James recebe US$ 117,6 milhões anuais (R$ 593,35 milhões, na cotação atual). O valor considera seu salário no Lakers e seus negócios longe das quadras, como patrocínios e investimentos privados.

Ele poderia ter um contrato semelhante ao de Michael Jordan, mas recusou a proposta da Nike, em 1979, para assinar com a Converse. Na década de 1990, adquiriu 4,5% das ações do Lakers, mas as vendeu em 2010, para o chinês Patrick Soon Shiong. Estima-se que, caso tivesse mantido a participação, suas ações poderiam estar avaliadas em mais de R$ 1,2 bilhão – valor superior à sua fortuna.

Apesar desses ganhos financeiros, Johnson também se destaca como uma importante figura em outra área fora das quadras. Em novembro de 1991, Johnson foi diagnosticado com o vírus do HIV. “Vivo com HIV há 30 anos. Eu não tinha certeza de que estaria aqui 30 anos depois, mas graças a Deus a medicina fez a parte dela, eu fiz a minha parte e estou sentado aqui 30 anos depois”, afirmou em 2022, ao Estadão.