Ribeirão Preto, 9/12 – O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou nesta sexta-feira, 9, na abertura do Fórum do Projeto Mais Milho, em Cuiabá (MT), que muitos produtores do cereal tiveram prejuízos em 2016 porque preferiram testar o mercado e não venderam o produto na hora certa. Ele admitiu que o milho tem problema de mercado no Brasil, com a alternância entre grandes e pequenas safras e a dificuldade de regulação, mas lembrou que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) alertou, no auge da crise de oferta do grão, que o estoque de passagem seria alto ao fim da safra 2015/16. “Este ano muitos produtores arcam com prejuízo porque não venderam produtos na hora certa e a Conab alertou o mercado para estoques de passagem de milho em torno de 5 milhões de toneladas. Os produtores não acreditaram na informação, achando que iriam ganhar mais. O estoque de passagem foi alto e quem deixou de vender milho a R$ 36, vendeu a R$ 22 a saca”, afirmou o ministro. Maggi defendeu, ainda, a política de produção adotada em Mato Grosso de se criar usinas de etanol a partir do milho. Ao mesmo tempo, a iniciativa serve para regular a oferta e a demanda e ainda possibilita, na avaliação dele, ampliar a produção do grão. “Se não tivermos etanol de milho, não iremos ampliar produção do grão em Mato Grosso. Em um plano de negócios bem feito, etanol é a saída para a queda dos preços do milho”, concluiu.