O Magazine Luiza fincou bandeira no Norte do País nesta segunda-feira, 16, com a inauguração de 19 das 50 lojas programadas para funcionar no Pará até o fim de outubro. Ao todo, a companhia está investindo R$ 60 milhões para abrir unidades em 34 municípios do Estado, além de um centro de distribuição na região metropolitana de Belém.

A expansão para o Norte faz parte da estratégia de aumento de capilaridade do Luiza, que inaugurou sua milésima loja no fim de agosto. Para o ano que vem, só no Distrito Federal, estão previstas 15 novas lojas.

Segundo Fabrício Garcia, vice-presidente do Magazine Luiza, neste ano a empresa decidiu entrar no Pará e no Mato Grosso por causa do potencial de consumo. No Mato Grosso foram abertas quatro lojas e um centro de distribuição. A intenção é fechar o ano com 20 pontos de venda. Os investimentos somaram R$ 25 milhões no Estado.

Claudia Bittencourt, diretora-geral do Grupo Bittencourt, consultoria especializada em varejo, calcula que a Região Norte tem potencial de consumo de móveis e eletrodomésticos de R$ 11 bilhões, sendo 44% disso apenas no Pará. “O potencial de consumo da região Norte está muito próximo do potencial do Centro-Oeste”, diz.

Na avaliação do presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra, a oportunidade nessas regiões é amplificada pelo enfraquecimento de redes regionais. Além dos entraves para obter recursos para financiamento ao consumidor, as redes menores têm dificuldade de avançar em soluções digitais.

Terra também diz que a maior varejista do País em faturamento, a Via Varejo, neste momento está focada em sua reestruturação, e a terceira companhia do setor, a Máquina de Vendas, das redes Ricardo Eletro, Salfer, Insinuante, Eletro Shopping e City Lar, passa por recuperação extrajudicial. “Tem uma janela aberta e o Magazine está surfando na tempestade perfeita”, afirma.

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Capilaridade

Com a chegada ao Pará, em cidades com mais 50 mil habitantes, o Magazine amplia sua penetração no País e reforça o modelo digital num momento em que a Amazon, a gigante americana do comércio online, faz uma investida agressiva para conquistar consumidores brasileiros, com o lançamento do Amazon Prime.

“O Norte é uma região complexa geograficamente, com lugares nos quais só é possível chegar de avião ou de barco”, diz Garcia. “Temos de montar uma operação de logística para atender a todas as cidades.”

Todas as lojas novas seguem o modelo com um minicentro de distribuição acoplado. Isso agiliza a entrega das vendas online, encurtando as distâncias e o tempo de entrega. A previsão é que o tempo médio de entrega seja reduzido a um décimo do que é hoje.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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