Uma mulher não nasce mãe, ela se torna mãe enquanto aprende a sê-la, é com erros e acertos que aos poucos a maternidade vai se revelando, no dia a dia, a cada passo do desenvolvimento e crescimento do bebê.

Sabemos que a alimentação tem um papel fundamental na promoção da saúde dos bebês, e garantir uma alimentação saudável para os filhos parece ser um enorme desafio para as mães.

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A OMS, o Ministério da Saúde e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam aleitamento materno exclusivo até os 6 meses, visto que nenhum outro alimento é tão rico e completo quanto o leite materno.

À medida que os 6 meses vão chegando, as dúvidas e angústias das mães vão se acumulando: como iniciar a introdução alimentar? Qual alimento oferecer? Como preparar? E se meu bebê recusar o alimento?

Em meio a tantas questões, saber o que não fazer pode ajudar bastante. Conversamos com a Gabriela Kapim, Nutricionista, especialista em alimentação infantil e apresentadora por 11 temporadas no GNT, e ela nos ajudou a listar alguns dos erros mais comuns nessa fase.

1 – Liquidificador e tudo misturado: Não é recomendado bater os alimentos no liquidificador, é importante que o bebê comece a conhecer não só novos sabores, mas também novas texturas. O alimento quando liquidificado, impede que o bebê trabalhe os músculos da mandíbula que fortalecem a mastigação. Também não é indicado que os alimentos sejam oferecidos todos misturados, é importante que o bebê comece a perceber cada alimento, sua textura, sabor e cor separadamente.

2 – Recuar na 1ª recusa do bebê: É comum que no início o bebê recuse alguns alimentos, são muitas novidades. Fora que o movimento de colocar o alimento para fora da boca com a língua, se parece com o movimento que ele precisa fazer na momento que está mamando, portanto não necessariamente ele está recusando o alimento, ele pode apenas está se adaptando com ele na boca. Ofereça novamente em outra ocasião.

3 – Sal e açúcar: os bebês não têm a mesma que referencia que os adultos quanto ao sabor salgado e doce, portanto oferecer os alimentos com seus sabores naturais é a melhor forma de adaptar o paladar do bebê. O sal só deve ser incluído na alimentação das crianças a partir do primeiro ano completo. O açúcar quanto mais tarde melhor, tente segurar até os 2 anos, pelo menos.

4 – Postura inadequada: O bebê só deve ser colocado sentado para comer se ele já consegue chegar a esta posição sozinho. Uma coisa é colocar o bebê sentado e ele conseguir se equilibrar, outra é quando ele consegue se sentar sozinho, ou seja, sem ajuda ele sai da posição deitado e se senta. Nesse caso a musculatura dele já está preparada para se sustentar na postura correta, com o alinhamento da coluna e a organização dos órgãos internos favorecendo a mastigação e deglutição dos alimentos. E sem dúvida trazendo mais conforto e segurança para o momento das refeições.

5 – Bebidas durante a refeição: Não ofereça líquidos durante a refeição, a princípio parece uma boa idéia para ajudar a engolir o alimento, mas na verdade é uma péssima estratégia, pois prejudica o processo de digestão e absorção dos nutrientes. Quando o bebê bebe durante a refeição, ele mastiga menos do que precisa, deixando assim de produzir enzimas fundamentais para a digestão. O estômago dilata, trazendo saciedade antes do tempo.

6 – Substituição: Não substituir o alimento oferecido por outro na mesma refeição. Se o bebê recusou, não insista, não force e não substitua. Ele pode não estar com fome. Espere, e em um próximo momento ofereça a refeição novamente. Quando o bebê recusa e na sequência recebe o peito ou uma mamadeira ele irá aprender esse mecanismo.

“A introdução alimentar é o momento onde se cria hábitos e valores que serão levados para a vida toda, é importante ter cuidado e atenção mas sem perder a calma, a leveza e o afeto que são os melhores ingredientes para uma conexão saudável com os filhos.” Gabriela Kapim

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