Mãe de opositor egípcio-britânico diz que endurecerá greve de fome pela libertação do filho

A mãe do opositor egípcio-britânico Alaa Abdel Fattah anunciou, nesta terça-feira (20), que intensificará sua greve de fome iniciada em setembro de 2024, em Londres, para pressionar o governo do Reino Unido a libertar seu filho, que está preso no Egito.

Laila Soueif, de 69 anos e uma figura importante na luta pelos direitos humanos no Egito, havia aliviado sua greve de fome em março, dizendo que tinha “esperanças” em relação ao filho.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, declarou que “insistiu” na libertação de Fattah durante um telefonema com o presidente egípcio Abdel Fattah al Sisi.

Soueif estava até agora consumindo 300 calorias por dia por meio de uma solução líquida, mas sem ingerir alimentos sólidos, segundo ela.

Dois meses depois, seu filho ainda está preso no Egito.

“Vou fazer uma greve de fome total, o que significa que não vou ingerir nenhuma caloria”, disse ela à AFP em frente a Downing Street, a residência oficial de Starmer.

A mãe do opositor disse que voltaria a se manifestar no local por uma hora todos os dias.

Alaa Abdel Fattah, blogueiro e opositor político, foi preso em setembro de 2019 após compartilhar um texto sobre a tortura nas prisões egípcias.

Em 2021, ele foi condenado a cinco anos de prisão por “disseminar informação falsa”.

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