Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, conversou com a revista Piauí sobre como o crime contra o jovem Henry Borel, que foi morto supostamente após sessões de espancamentos de seu padrasto, o vereador Dr. Jairinho, a lembrou sobre a sua experiência traumática com a morte da filha.

Isabella foi morta pelo pai, Alexandre Nardoni, e pela madrasta, Anna Carolina Jatobá, em 2008, quando tinha apenas cinco anos.

Durante a entrevista, Ana Carolina afirmou que ao assistir na TV a uma entrevista da mãe de Henry, Monique Medeiros, que também é investigada, sentiu emoção falsa e versão combinada dos fatos. “Senti algo muito estranho…. Naquele momento, pensei o pior mesmo e vi semelhanças com o ocorrido com a minha filha, Isabella. Por mais que as pessoas ensaiem, criando uma versão falsa para o crime, a verdade não consegue ser escondida nem por elas mesmas”, disse.

A mãe da jovem Nardoni contou que ficou muito tocada pelo nível de brutalidade e “pelas coincidências” com o inferno que viveu pessoalmente. Por isso, ela decidiu mandar uma mensagem de conforto ao pai de Henry, Leniel Borel, via WhatssApp. “Meu coração estava pedindo pra fazer isso”, relatou.

“Sabe o que é mais dolorido? Eu e Leniel entregamos os nossos filhos para quem deveria cuidar e zelar. Entregar um filho para nunca mais voltar é o que mais machuca, revolta”, revelou. “As dores não são comparáveis. Mas elas são enormes, imensuráveis”, comentou Ana.

Para Ana Carolina, a Justiça (quando feita) conforta o coração de alguma forma. O julgamento e a condenação encerram um ciclo, colocam um ponto final em uma história muito triste. No meu caso, entre o assassinato da minha filha e a condenação, passaram-se dois anos”, explicou.

No fim da entrevista, a mãe de Isabella contou que recebeu uma resposta de Leniel que agredeceu pelas palavras neste momento. “Está sendo muito difícil. Não paro de pensar no meu filho. Além do meu filho, eles levaram a minha paz”, dizia parte do conteúdo respondido pelo pai de Henry.