Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, se apresentou na última terça-feira (28) à 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca) após o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) solicitar o seu retorno para a prisão. Agora, a professora divide cela com outras oito detentas no Instituto Penal Santo Expedito, no Complexo de Gericinó, localizado na zona oeste carioca. Entre as prisioneiras está Elaine Pereira Figueiredo Lessa, esposa do policial militar aposentado Ronnie Lessa, que é um dos acusados de matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes. As informações são do O Globo.

Segundo o jornal, na última quinta-feira (30), a delegada Adriana Belém, detida por ser suspeita de integrar uma suposta quadrilha liderada pelo contraventor Rogério de Andrade, não gostou de ver Monique Medeiros em sua cela quando retornou do banho. Ela alegou que o local era destinado apenas para policiais.

Ao ser questionada, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que Monique estava naquela cela para não ficar na triagem enquanto aguardava a definição para onde iria.

Depois da reclamação de Adriana Belém, a mãe de Henry Borel foi levada para uma cela com outras oito detentas que, assim como ela, possuem ensino superior. No local, há duas televisões para entretenimento e um banheiro coletivo.

Além de Monique Medeiros, outra detenta conhecida da mídia que está na cela é Elaine Lessa, que responde pelos crimes de tráfico internacional de armas e obstrução de Justiça. Conforme investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), a esposa de Ronnie Lessa e outros amigos do acusado retiram e destruíram armas que estavam escondidas dentro de um apartamento alugado no bairro Pechincha, na zona oeste carioca, no dia seguinte em que o policial militar aposentado foi preso.

Essa não é a primeira vez que Elaine e Monique dividem a mesma cela. Até março deste ano, as duas estavam no Instituto Penal Oscar Stevenson. Porém a mãe de Henry deixou o presídio após um grupo de detentas, incluindo Elaine, ter denunciado um suposto ato libidinoso entre a professora e um de seus advogados.

Outro ponto que colaborou para a saída de Monique do presídio foi ela ter afirmado em juízo que sofria ameaças dentro da cadeia. Por meio disso, a juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal, determinou a soltura da professora com uma tornozeleira eletrônica.

Contudo, Monique Medeiros voltou para a prisão após uma decisão dos desembargadores da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. Recentemente, conforme nota enviada ao O Globo, os advogados Thiago Minagé e Hugo Novais, que representam a professora, entraram com um pedido de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça.

No comunicado, a defesa explicou que “impetrou um HC perante o STJ e acredita na sua soltura, uma vez que inexistem motivos legais que justifiquem a manutenção do cárcere”.

Vale ressaltar que Monique, assim como o seu ex-namorado e ex-vereador Jairo Souza Santos Junior, conhecido como Jairinho, são réus pela morte do filho dela, Henry Borel, em março de 2021.