A mãe do jovem Ray Pinto Faria, de 14 anos, morto na madrugada de segunda-feira (22), durante uma operação da Polícia Militar na comunidade do Campinho, na zona norte do Rio, desabafou nesta quarta-feira (24), durante o velório do filho. As informações são do jornal Extra.

“Tiraram um pedaço de mim. Eu tenho que seguir a vida, porque ainda tenho dois filhos para criar. Uma injustiça o que fizeram com meu filho”, disse Alessandra Conceição Pinto, de 34 anos.

O adolescente foi levado para o Hospital Salgado Filho com dois tiros, um na perna e outro no abdômen. A família acusa os PMs de terem executado o jovem.

De acordo com a reportagem, o primo de Ray, Lucas Isaías da Silva, de 19 anos, contou que manchas de sangue foram encontradas numa parede na comunidade do Campinho, onde o jovem supostamente teria sido morto antes de ser levado pelos PMs para outra favela.

A família chegou a questionar os policiais sobre o paradeiro do jovem, mas eles disseram que não sabiam e mandaram a família procurar em duas delegacias de polícia e em hospitais.

Segundo a família, também deixa suspeitas sobre os policiais o fato deles terem levado embora todo o equipamento de segurança e as câmeras de uma padaria, que supostamente poderiam ter gravado o fato.

Ainda segundo o jornal, a PM foi questionada e afirmou que todas as circunstâncias das ações estão sendo apuradas internamente pelo Comando de Operações Especiais (COE) e pelo 1º Comando de Policiamento de Área (CPA). E que as ocorrências foram apresentadas nas 24ª DP e 25ª DP e Delegacia de Homicídios da Capital.

A Polícia Militar reconhece que morreram três pessoas na operação, sendo uma delas menor de idade, mas não confirma oficialmente que se trata de Ray.