UDINE, 4 AGO (ANSA) – A própria mãe do italiano Alessandro Venier, de 35 anos, assassinado e esquartejado em Gemona, na província de Údine, admitiu nesta segunda-feira (4) ter cometido o crime e desmembrado o corpo em três partes.
A confissão foi feita por Lorena Venier em um longo relato perante promotores do Ministério Público e um juiz de instrução preliminar, segundo fontes locais.
O corpo esquartejado de Alessandro foi encontrado no porão de sua casa na cidade de Gemona del Friuli na semana passada, supostamente depois que sua esposa, a colombiana Mailyn Castro Monsalvo, de 30 anos, chamou a polícia.
O motivo do assassinato teria sido a violência doméstica a qual Venier estava submetendo Mailyn e o temor por sua vida caso ele prosseguisse com os planos da família de se mudar para a Colômbia com o filho.
“Eu mesma cuidei do ‘desmembramento’ de Alessandro”, afirmou Lorena, que é enfermeira-chefe de um hospital local. “Usei uma serra e um lençol para conter o sangue e o dissequei em três pedaços”.
Segundo a mãe da vítima, “não havia respingos de sangue, por isso os carabineiros encontraram tudo em ordem”.
A mulher de 62 anos ainda contou que Mailyn estrangulou o marido com os cadarços, porque elas não conseguiram sufocá-lo com as próprias mãos. Na sequência, ela colocou o cadáver sobre um lençol e separou algumas de suas partes para que pudessem ser transportadas para uma lixeira na garagem.
“Malyn interveio apenas para levar as três partes para a garagem. Depois que os restos mortais foram colocados no barril, ela também usou cal para cobri-los”, acrescentou.
Por fim, Lorena enfatizou que o corpo desmembrado deveria permanecer na lixeira para se decompor e depois ser levado para as montanhas, onde ela espalharia na floresta, conforme o desejo que ela sempre confidenciou a todos.
O caso deixou a pequena cidade friulana em choque devido a natureza brutal do homicídio, principalmente por envolver uma enfermeira renomada da região. (ANSA).