O líder opositor venezuelano Julio Borges revelou nesta sexta-feira que o governo de Nicolás Maduro tem uma proposta alternativa para adiar as eleições presidenciais de 22 de abril, que a oposição rejeita por considerar “fraudulentas”.

“O governo está tão preocupado com nossa posição (de não participar) que de maneira subterrânea oferece adiar (a eleição) para maio ou junho”, disse Borges no Panamá, onde iniciou um giro internacional para pedir maior pressão internacional sobre o regime de Maduro.

A opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) anunciou na quarta-feira que não participará das eleições por avaliar que não existem garantias de transparência, mas admitiu rever sua decisão sob certas condições.

Borges destacou que entre estas condições estão a realização da eleição em uma “data razoável” (em um prazo de ao menos seis meses) e que haja uma verificação internacional, através de organismos como ONU ou União Europeia.

O chamado Grupo de Lima, integrado por 14 países latino-americanos, rejeitou a antecipação das eleições e alguns países adiantaram que não reconhecerão seus resultados.

“É possível que esta pressão conduza o governo (…) a um processo de negociação realmente sério para eleições sérias”, acrescentou Borges.

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“Esperamos que toda a América Latina se coloque de pé e adote medidas concretas para deter o que está acontecendo na Venezuela visando o desenlace democrático que merece o país”, declarou Borges, que foi recebido pelo presidente panamenho, Juan Carlos Varela.

Borges visitará ainda Brasil, México, Argentina, Chile, Canadá, Estados Unidos e a sede da União Europeia em Bruxelas.


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