O presidente Nicolás Maduro condecorou, nesta sexta-feira (13), os quatro militares sancionados pelos Estados Unidos em meio ao seu questionamento sobre a reeleição do governante venezuelano.

A Força Armada da Venezuela criticou mais cedo a nova bateria de sanções, que atingiu um total de 16 funcionários de instituições como o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e o Parlamento, controlado pelo chavismo.

“Não poderão deter o curso da Revolução Bolivariana, nem com ameaças, nem com sanções, com nada”, afirmou Maduro, proclamado reeleito para o terceiro mandato consecutivo, até 2031.

“O que eles nunca poderão entender é que suas sanções são condecorações na alma dos patriotas que amam a nossa Venezuela”, prosseguiu o presidente, durante um ato oficial no qual chamou as sanções de “ridículas”.

“Não somos chantageáveis nem nos deixamos intimidar pelo castigo imperial”, expressou a Força Armada em comunicado lido mais cedo pelo ministro da Defesa, general Vladimir Padrino López, que foi sancionado e chamou as medidas de “interferência grosseira” e “um propósito desesperado e irracional de derrubar o governo”.

Maduro já foi alvo de sanções americanas, assim como outros funcionários do alto escalão venezuelano.

Em seu comunicado, os militares disseram estar atentos “a qualquer tipo de ameaça” e anunciaram que vão manter a ordem “a todo custo”, depois que protestos pós-eleitorais deixaram 27 mortos, dois deles militares. O CNE e o Parlamento também condenaram as sanções americanas.

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