Maduro chama navios dos EUA no Mar do Caribe de ‘ameaça à paz’

CARACAS, 21 AGO (ANSA) – O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, condenou nesta quinta-feira (21) a presença militar dos Estados Unidos no Mar do Caribe, na costa do país latino-americano, chamando-a de “ameaça à paz regional” e de “uma violação do direito internacional”.

Durante sua participação virtual na cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba), Maduro criticou a “perseguição nefasta” dos EUA, acusando o governo de Donald Trump de “usar operações antidrogas como pretexto para a intervenção e de vincular falsamente a Venezuela ao terrorismo”.

O evento, que contou com a presença de líderes regionais, emitiu uma declaração conjunta rejeitando a presença militar americana e pedindo respeito à soberania venezuelana.

Ao mesmo tempo, o presidente da Assembleia Nacional de Caracas, Jorge Rodríguez, em um discurso inflamado transmitido pela televisão, ameaçou prender qualquer pessoa que cruzasse a fronteira do país sem autorização prévia.

“Qualquer estrangeiro que pretenda entrar ilegalmente na Venezuela será tratado como inimigo do país”, declarou Rodríguez.

Ontem, uma fonte americana confirmou que Trump está enviando três navios de guerra para costa venezuelana a fim de combater o narcotráfico. Já segundo a imprensa norte-americana, o republicano pretende destacar 4 mil fuzileiros navais para a região.

Washington, que acusa Maduro de envolvimento com organizações terroristas latino-americanas para “trazer drogas mortais e violência” para os EUA, aumentou no último dia 8 a recompensa pela captura do líder de Caracas para US$ 50 milhões. (ANSA).