Nesta sexta-feira, 8, em um ato na capital Caracas, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, comemorou a aprovação do referendo de anexação de Essequibo para, desta maneira, transformá-lo em um estado. Trata-se de uma região do território da Guiana reivindicada há ao menos um século pela Venezuela.

Entre as medidas assinadas pelo presidente, há a criação do estado de Essequibo, inclusive com a oficialização do novo mapa com a região anexada. Além disso, houve o anúncio para a criação da Alta Comissão Nacional para a Defesa do Essequibo.

Inclusive, para as estatais PDVSA (Petróleos da Venezuela SA) e a CVG (Corporação Venezuelana de Guiana) serão criadas divisões de Essequibo para a extração e exploração de petróleo, gás e minerais.

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População exibindo novo mapa com a região Essequibo anexada – Crédito: Divulgação/Venezuela

Maduro afirmou que realizou, “com paciência, durante anos o diálogo direto com a Guiana”, mas que eles quebraram o Acordo de Genebra. Assinado em 1966, entre Reino Unido e Venezuela, ele reconhece a chamada “Guiana Essequiba” pelos venezuelanos.

Em um vídeo do evento, chamado de “Marcha pelo Dia da Lealdade, Venezuela respalda o plano de ação em defesa de Essequibo”, e transmitido pelas redes sociais, Maduro exaltou a multidão, relembrou de Chávez, além de listar as medidas. Outro detalhe é que o líder ressaltou que a população quer o direito pela “paz”.

“Não se metam com a Venezuela. Nós queremos paz”, ressaltou.

Vale lembrar que o país aprovou no domingo, 3, um referendo para a incorporação de Essequibo. Segundo as autoridades venezuelanas, 95% dos votos foram a favor das medidas de anexação do território, apesar do comparecimento de apenas metade dos eleitores.