Maduro alerta que ataque dos EUA seria ‘fim político’ para Trump

ROMA, 18 NOV (ANSA) – O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, alertou nesta terça-feira (18) que um eventual ataque “militar” dos Estados Unidos contra seu país representaria “o fim político” do seu homólogo norte-americano, Donald Trump.   

A declaração foi divulgada pela agência Efe após Trump reiterar que não descarta nenhuma opção quanto a uma possível intervenção em solo venezuelano.   

Durante seu programa semanal “Con Maduro+”, transmitido pelo canal estatal Venezolana de Televisión (VTV), Maduro também declarou estar disposto a um encontro “cara a cara” com Trump, indicando abertura para um diálogo direto.   

“Quem quiser conversar sempre encontrará em nós pessoas de palavra, honestas e com a experiência necessária para liderar a Venezuela”, afirmou.   

No entanto, o líder venezuelano reforçou que “não podemos permitir que o povo venezuelano seja bombardeado e massacrado”.   

As declarações de Maduro ocorrem em meio ao aumento das tensões com os EUA, especialmente devido à presença militar norte-americana no Caribe, justificada pela Casa Branca como parte de operações contra o que chama de “narcoterrorismo”.   

Caracas, por sua vez, acusa Washington de conduzir uma campanha de pressão para removê-lo do poder.   

Nos últimos dias, um contingente de fuzileiros navais dos EUA iniciou exercícios militares em Trinidad e Tobago, país situado a poucos quilômetros da costa venezuelana. O governo venezuelano classificou as manobras como “irresponsáveis” e uma “ameaça” à segurança regional.   

Entretanto, a primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, negou qualquer possibilidade de apoio a ações ofensivas contra a Venezuela: “Os Estados Unidos nunca pediram para usar nosso território para lançar ataques contra o povo venezuelano. O território de Trinidad e Tobago não será usado para isso”, declarou ela em entrevista à AFP. (ANSA).