Madeleine Peyroux alcança, aos 45 anos, a condição de paradigma da canção americana. Sua voz aguda passou por várias fases: quando surgiu como cantora de rua em Paris, em 1994, chamava a atenção pela semelhança com o timbre rouco à Billie Holiday e a capacidade de reviver standards do jazz blues. “Sou autodidata”, diz à ISTOÉ. “Apesar de cantar à maneira de Billie, sou uma intérprete mais poética que dramática. Logo me associaram ao jazz, mas sempre naveguei por várias vertentes, da canção francesa à bossa nova.” Um quarto de século e nove álbuns depois, a diva do “transjazz” traz sua oitava turnê para cinco cidades brasileiras, apresentando o repertório do álbum “Anthem”, ao lado de sua banda de jazz. A faixa-título é uma canção do canadense Leonard Cohen, um de seus autores favoritos. Promete desfiar dezenas de sucessos e de 13 faixas do novo trabalho. Aos fãs, avisa que traz reinterpretações de hits, além de uma voz mais limpa, diferente da rouquidão que a tornou célebre. Auditório Araújo Viana, Porto Alegre, 12/9; Teatro Guaíra, Curitiba, 13/9; Tom Brasil, SP, 14/9; Palácio das Artes, Belo Horizonte, 20/9; Theatro Municipal, RJ, 21 e 22/9.

3 álbuns da voz do “transjazz”

Daniel Pérez / Teatro Cervantes

>> Dreamland (1996)
Descoberta nas ruas por um agente, gravou o primeiro álbum com repertório dos anos 1930

>> Careless love (2004)
Com canções de sua autoria, Hank Williams e Bob Dylan, o álbum vendeu ceca de 500 mil exemplares

>> The Blue Room (2013)
A crítica a elevou a referência da canção americana, ao lado de Ella Fitzgerald e Billie Holiday

 

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