O motorista de aplicativo Edson Araújo, o “Macumber”, encontrou o veículo batido e crivado de projéteis, após ter o carro levado por criminosos em um assalto, na última sexta-feira (15).
“O vidro traseiro está estilhaçado, tem marcas que parecem de tiros, e eu encontrei cápsulas dentro do carro. O veículo ainda vai ter que passar pela perícia da Polícia Civil, e só depois vai passar pela concessionária. Eu não tenho como esperar até lá, preciso voltar a trabalhar agora“, lamentou, em entrevista ao “G1”.
Edson ficou conhecido no início do mês ao oferecer um serviço de transporte especial para fiéis das religiões de matriz africana. O anúncio do “macumber móvel” viralizou nas redes e se tornou a única renda da família.
“Eu moro com minha esposa e meu filho de 1 ano e 10 meses. Ela não trabalha fora e, como o macumber cresceu bastante, ela fica com o atendimento aos clientes, porque não atendo telefone enquanto estou dirigindo. Agora, nós acabamos ficando sem renda”, explicou o motorista.
Edson acredita que os criminosos que roubaram seu veículo possam ter se envolvido em uma perseguição policial e que a previsão mínima para a resolução do caso é de três meses. Tempo de que a família não dispõe para ficar sem a renda proveniente do Macumber.
“Eu fiz essa vaquinha online com o valor de R$ 65 mil, que é o custo desse carro que foi roubado, só porque eu preciso voltar a trabalhar o quanto antes. Sem o Macumber, minha família está sem renda nenhuma”, lamenta.
“Eu tô muito apreensivo. Meu filho precisa muito de mim e eu espero conseguir voltar a trabalhar logo. A esperança tem que ter, mas também estou tenso pra resolver logo essa questão”, declarou.
O link de arrecadação foi publicado nesse sábado (16) e, até a tarde desse domingo (17), havia recebido pouco mais de R$ 1 mil.