O presidente francês, Emmanuel Macron, visitou nesta terça-feira (6) o povoado de Fleury-devant-Douaumont (nordeste), devastado durante a batalha de Verdun, durante viagem comemorativa pelo centenário do fim da Primeira Guerra Mundial.

“Queria prestar homenagem aos povoados desaparecidos”, disse o presidente francês, que esteve acompanhado da esposa, Brigitte.

“Muitos dos nossos compatriotas se esqueceram” dos oito povoados que foram declarados “mortos pela França” em 1918 e que desde então estão abandonados, acrescentou, em tom solene.

Fleury-devant-Douaumont, que em 1914 tinha 422 habitantes, majoritariamente agricultores, foi riscado do mapa durante a batalha de Verdun, em 1916, uma das mais sangrentas e longas do primeiro conflito mundial.

O presidente visitou, acompanhado de 20 jovens, o ossário onde foram depositados os restos mortais de 130.000 soldados franceses e alemães.

No total, 300.000 soldados morreram entre fevereiro e dezembro de 1916 na batalha de Verdun.

Posteriormente, em homenagem às antigas tropas coloniais que lutaram ao lado dos franceses, Macron visitará Reims, cidade a uma centena de quilômetros de Verdun, que foi defendida por soldados africanos. Nesta visita altamente simbólica, ele será acompanhado do contraparte malinês, Ibrahim Boubakar Keita.

Macron iniciou no domingo um périplo de seis dias por monumentos e campos de batalha no norte e no leste da França, antes de um encontro de líderes mundiais em Paris.

Entre 70 e 80 líderes mundiais, entre eles o presidente americano Donald Trump e seu colega russo, Vladimir Putin, se preparam para voltar à capital francesa neste fim de semana para uma cerimônia que marcará os cem anos do fim da denominada “Grande Guerra”.

Espera-se que o presidente aproveite a viagem para lançar um chamado contra o nacionalismo, depois de ter advertido recentemente que o mundo corre o risco de esquecer as lições dos grandes conflitos do século XX.