O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu a Israel, nesta quinta-feira (12), para dar uma resposta “forte e justa” ao ataque do grupo islamita palestino Hamas e prometeu “fazer tudo o possível” para trazer os reféns franceses “sãos e salvos” de volta para casa.

“Israel viveu no sábado o ataque terrorista mais trágico de sua história […] Centenas de bebês, crianças, mulheres e homens foram perseguidos, sequestrados, assassinados, feitos reféns”, enumerou Macron em um discurso televisionado.

“Israel tem o direito de se defender, eliminando os grupos terroristas, entre eles o Hamas, […] mas preservando as populações civis”, com uma resposta “forte e justa” aos ataques, reforçou Macron.

No sábado, centenas de combatentes do Hamas cruzaram a fronteira israelense por terra, ar e mar, e mataram cerca de 1.200 civis nas ruas, em suas casas e em um festival de música.

Em uma das investidas, de uma violência extrema, tomaram cerca de 150 pessoas como reféns, cidadãos com dupla nacionalidade e estrangeiros, aos quais o Hamas ameaça assassinar.

Israel tem respondido com ataques aéreos e de artilharia durante seis dias contra alvos do Hamas na Faixa de Gaza, território empobrecido onde vivem 2,3 milhões de pessoas. Mais de 1.350 palestinos morreram nestes bombardeios.

Treze cidadãos franceses morreram no ataque do Hamas, informou Macron nesta quinta-feira, e dos 17 desaparecidos, entre eles quatro crianças, teme-se que muitos estejam nas mãos dos islamitas.

“A França faz tudo o que é possível […] para que voltem sãos e salvos a seus lares”, disse Macron. “A França nunca abandona seus filhos”, acrescentou.

Nesta quinta, as famílias dos possíveis reféns pediram ao presidente francês para “intervir”.

Diante do temor de que o conflito se propague para a França, que abriga a maior comunidade judaica da Europa, o presidente reiterou sua vontade de “proteger” os judeus e de impedir qualquer “ato antissemita”.

“Quem confunde a causa palestina com a justificação do terrorismo comete um erro moral, político e estratégico”, acrescentou Macron, em uma crítica velada ao partido de esquerda radical A França Insubmissa (LFI), criticado por não considerar o Hamas “terrorista”, apesar de ter qualificado seu ataque de “crime de guerra”.

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