PARIS, 10 OUT (ANSA) – Em meio a uma severa crise política, o presidente da França, Emmanuel Macron, renomeou nesta sexta-feira (10) Sébastien Lecornu como primeiro-ministro, apenas quatro dias após o político ter renunciado ao cargo.
Quinto chefe de governo do segundo mandato de Macron, Lecornu havia permanecido na função por apenas 27 dias, tendo o governo mais curto da história moderna da nação europeia.
“Aceito, como uma questão de dever, a missão que me foi confiada pelo presidente de fazer todo o possível para dotar a França de um orçamento até o final do ano e resolver os problemas cotidianos dos nossos compatriotas”, declarou o premiê.
Lecornu acrescentou que é necessário encerrar a instabilidade e a crise política que assolam os franceses.
De acordo com a mídia local, o mandatário deu ao seu aliado carta branca para negociações com partidos políticos e para propor nomeações.
“Uma nova afronta aos franceses, por um homem irresponsável embriagado de poder. A França e seu povo estão humilhados.
Apresentaremos uma nova moção de impeachment do presidente”, criticou Manuel Bompard, coordenador do partido França Insubmissa.
Já Jordan Bardella, líder do Reagrupamento Nacional, afirmou que o retorno de Lecornu ao cargo de primeiro-ministro é uma “vergonha democrática e uma humilhação para os franceses”.
(ANSA).