O presidente da França, Emmanuel Macron, reconheceu hoje (22) que houve “disfunções” no chamado caso Benalla, que envolve seu guarda-costas de confiança, cujas atuações considerou “inaceitáveis” e comprometeu-se a tratar com firmeza.

Macron fez essas considerações em uma reunião que teve hoje com um círculo muito reduzido de colaboradores, segundo informou o site do jornal Le Figaro.

O presidente francês ainda não se pronunciou em público depois que seu guarda-costas pessoal foi acusado de ter agredido manifestantes durante a dissolução de um protesto no último dia 1º de maio em Paris.

Macron reuniu no Palácio do Eliseu o primeiro-ministro, Edouard Philippe, o ministro do Interior, Gérarad Collomb, o porta-voz do governo, Benjamin Griveaux, e o líder do seu partido, Christophe Castaner, entre outros colaboradores mais próximos, para preparar sua resposta ao caso.

Segundo Le Figaro, o presidente francês reconheceu “disfunções no Eliseu”, ao mesmo tempo em que qualificou a atuação de Benalla como “surpreendente e inaceitável”. Nesse sentido, fará todo o possível para que não se instaure a ideia de que se atua com impunidade no caso de seu guarda-costas de confiança, contra quem já foi iniciado um trâmite de demissão.

Em qualquer caso, Benalla não teria podido seguir cumprindo suas funções porque a Justiça lhe indiciou e, embora tenha sido deixado em liberdade, impôs-lhe como medidas cautelares a proibição de exercer trabalhos de serviço público.

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Ainda segundo Le Figaro, Macron afirmou que encarregará seu colaborador mais direto, o secretário-geral da presidência, Alexis Kholer, de uma reorganização das atribuições no Eliseu para que não se repita um caso similar.

Por fim, de acordo com a emissora France Info, Macron garantiu que falará em público sobre o caso “quando considerar útil” e, por enquanto, aguarda as conclusões das diferentes investigações abertas.


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