O presidente francês, Emmanuel Macron, e sua esposa, Brigitte, entraram com um processo por difamação nos Estados Unidos nesta quarta-feira contra a influenciadora de direita Candace Owens, centrado em sua alegação de que a primeira-dama da França é do sexo masculino.
Os Macron disseram em uma ação movida no Tribunal Superior de Delaware que Owens empreendeu uma “campanha de humilhação global” repleta de mentiras e “intimidação implacável” para promover seu podcast e expandir sua base de fãs “frenética”.
Os Macron disseram que as mentiras incluíam o fato de Brigitte Macron, de 72 anos, ter nascido com o nome de Jean-Michel Trogneux, o nome verdadeiro de seu irmão mais velho.
“Toda vez que os Macron saem de casa, eles o fazem sabendo que inúmeras pessoas ouviram, e muitas acreditam, nessas mentiras infames”, diz a queixa. “Isso é invasivo, desumanizador e profundamente injusto.”
Owens não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários enviados por email pela Reuters. O gabinete de Macron não quis comentar.
A queixa com 22 acusações busca um valor não especificado de indenização compensatória e punitiva.
O processo desta quarta-feira é um caso raro de um líder mundial processando por difamação. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entrou com várias ações judiciais por difamação, inclusive contra a editora do The Wall Street Journal na semana passada.
Para prevalecer em casos de difamação nos Estados Unidos, figuras públicas como os Macron e Trump devem demonstrar que os réus agiram com “má-fé real” (“actual malice”), ou seja, que sabiam que o que publicaram era falso ou agiram com total desprezo pela veracidade da informação.