O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu neste domingo (22) que se evite uma “escalada descontrolada” após os bombardeios americanos contra o Irã, no início de um Conselho de Defesa realizado no Palácio do Eliseu.
Mais cedo, Macron conversou por telefone com seu par iraniano Masoud Pezeshkian, a quem pediu “moderação” e o retorno “à via diplomática”.
O presidente francês também conversou neste domingo com os chefes de Estado de Arábia Saudita, Omã, Emirados Árabes Unidos e Catar.
No início deste Conselho de Defesa e Segurança na sede da Presidência francesa neste domingo, Macron disse que “nenhuma resposta estritamente militar pode produzir os efeitos pretendidos”.
Este é o terceiro conselho organizado desde o início da operação militar lançada em 13 de junho por Israel.
“A retomada das negociações diplomáticas e técnicas é o único meio para obter o objetivo que todos buscamos”, acrescentou Macron.
Esse objetivo é que o “Irã não possa adquirir a arma nuclear, mas também que não haja uma escalada descontrolada na região”, acrescentou.
Antes, os dirigentes de França, Alemanha e Reino Unido pediram ao Irã que “não realize outras ações que possam desestabilizar a região” em resposta aos bombardeios americanos.
“Pedimos ao Irã que inicie negociações que levem a um acordo que responda a todas as preocupações relacionadas a seu programa nuclear”, acrescentaram os três dirigentes em uma declaração conjunta.
Os Estados Unidos bombardearam três importantes instalações nucleares iranianas na madrugada de domingo, tomando parte na ofensiva lançada por Israel em 13 de junho.
Horas depois, o Irã disparou 40 mísseis contra Israel e acusou Washington de “destruir” as chances de uma solução diplomática para seu programa nuclear.
“O diálogo, um compromisso claro do Irã de renunciar às armas nucleares, ou colocar em risco toda a região. Só existe um caminho que leve à paz e à segurança para todos”, disse Macron.
Por sua vez, o chanceler francês Jean-Noël Barrot indicou na rede social X que seu país está “preocupado” pelos bombardeios americanos e instou as “partes à moderação para evitar qualquer escalada que possa levar a uma ampliação do conflito”.
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