20/04/2022 - 16:42
ROMA, 20 ABR (ANSA) – Quatro dias antes de os cidadãos franceses elegerem seu próximo presidente, o atual líder da França, Emmanuel Macron, e sua opositora de extrema-direita Marine Le Pen se enfrentam nesta quarta-feira (20) em um debate televisivo.
O embate é apresentado por Lea Salamé e Gilles Bouleau e pode ser decisivo na acirrada disputa para decidir quem vai governar a França pelos próximos cinco anos.
A líder de extrema-direita ficou atrás de Macron nas pesquisas de opinião, mas milhões de eleitores ainda estão indecisos, apesar do atual presidente ter vencido o primeiro turno.
No início do debate, Le Pen reforçou que 70% do povo francês acreditava que seu padrão de vida havia caído nos últimos cinco anos e que ela seria a presidente da paz civil e da fraternidade nacional.
“Serei a presidente do renascimento democrático, também serei a presidente da restauração da harmonia entre todos os franceses, da justiça, da fraternidade nacional, da paz civil”, enfatizou ela.
A representante da extrema-direita defendeu que “quer devolver entre 150 e 200 euros a mais por mês a cada família francesa”, porque os franceses têm falado muito sobre “seu poder de compra”.
Já Macron disse que a França conheceu uma crise sem precedentes durante a pandemia de Covid-19 e que foi seguida de uma guerra na Europa. Ele ressaltou que guiou a França através desses desafios e afirmou que pretende tornar a nação mais forte.
Além disso, o presidente francês atacou as políticas ambientais da adversária e garantiu que o país “será mais forte se for capaz de compreender a questão da ecologia”, prometendo tornar a Europa mais forte “se for reeleito para a presidência da República”.
Os confrontos televisionados entre os dois principais candidatos à Presidência têm sido o destaque das eleições francesas por quase cinco décadas. O último debate atraiu 16,5 milhões de espectadores e desempenhou um papel crucial com os eleitores indecisos.
Em 2017, quando Macron e Le Pen competiram pela primeira vez, o debate foi catastrófico para a opositora. Ela confundiu suas anotações e perdeu o controle, enquanto o debate permitiu que Macron convencesse os eleitores de que ele estava apto para ser presidente. (ANSA)