PARIS, 28 MAI (ANSA) – Um imigrante malinês foi aclamado como herói na França depois de ter escalado a fachada de um prédio em Paris para salvar uma criança que estava pendurada na sacada no quarto andar.   

O ousado e perigoso resgate de Mamoudou Gassama, de 22 anos, foi registrado em um vídeo que rapidamente viralizou nas redes sociais, visto por milhões de pessoas.   

Na gravação, Gassama consegue escalar a fachada do prédio em poucos segundos e, quando chega ao quarto andar, puxa pelo braço o menino de 4 anos para dentro do apartamento e o salva. Segundo os bombeiros de Paris, quando as equipes chegaram ao local, a criança já havia sido resgatada.   

O presidente da França, Emmanuel Macron, convidou Gassama a um encontro pessoal no Palácio do Eliseu para agradecer o ato de heroísmo do malinês.   

“Eu simplesmente não tive tempo para pensar, eu corri para o outro lado da rua para salvá-lo. Eu apenas subi e, graças a Deus, Deus me ajudou. Quanto mais eu subia, mais eu tinha coragem de subir mais alto”, disse Gassama ao chefe de Estado francês.   

Além disso, apesar de estar na França de forma ilegal, Macron anunciou hoje (28) que irá dar a cidadânia francesa para Gassama e que sua situação no país será regularizada.   

Já a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, também agradeceu ao jovem imigrante e o chamou de “Homem-Aranha do 18º”, fazendo referência ao distrito onde o resgate aconteceu.   

“Ele me explicou que chegou do Mali há alguns meses sonhando em construir uma vida aqui. Eu respondi que esse gesto heroico é um exemplo para todos os cidadãos e que a cidade de Paris vai, obviamente, dar apoio ao esforço dele de se estabelecer na cidade”, disse Hidalgo.   

Após o resgate, Gassama e o menino foram levados ao hospital para passarem por exames. O malinês estava com dores no joelho e a criança, em estado de choque. No entanto, os bombeiros afirmaram que ambos “estão bem”.   

O pai do menino foi preso por ter deixado o filho sozinho em casa, enquanto a mãe não está em Paris. O garoto foi levado a um centro social.(ANSA)