O presidente Emmanuel Macron anunciou, nesta terça-feira (16), um “grande plano” para combater a infertilidade e “relançar a natalidade” na França, que registrou em 2023 o menor número de nascimentos desde 1946.

Macron fez esse anúncio durante uma coletiva de imprensa para apresentar sua visão para uma “França mais forte e mais justa”, que também inclui uniformes escolares e regulamentação do uso de “telas” para menores.

“A França também será mais forte se aumentar sua taxa de natalidade. Até pouco tempo atrás, éramos um país onde essa era a nossa força (…) quando nos comparávamos com nossos vizinhos” e agora “isso é menos certo”, afirmou.

O país, segunda maior economia da União Europeia (UE), registrou no ano passado o nascimento de 678.000 bebês, o menor desde 1946, e uma taxa de fertilidade em declínio, de 1,68 filho por mulher, segundo dados oficiais.

Entre suas medidas para reverter a situação, está um novo período de licença parental de “seis meses” para ambos os pais, que substituiria o atual, “extremamente curto e mal remunerado”.

E diante da infertilidade, que afetaria cerca de 3,3 milhões de franceses atualmente, o presidente de 46 anos anunciou “um grande plano de combate a esse flagelo” para permitir impulsionar a natalidade.

Macron quer relançar seu segundo mandato, que termina em 2027, e para isso reformou seu governo na semana passada, com uma guinada à direita, e nomeou o primeiro-ministro mais jovem da França, Gabriel Attal, com apenas 34 anos.

O chefe de Estado pediu ao seu governo que trabalhe por um “reajuste cívico” e de “ordem”, que também passaria pela experimentação do uso do uniforme escolar em 2024 e sua possível generalização em 2026.

O presidente também defendeu a regulamentação do uso de “telas” (celulares, dispositivos móveis, etc) “tanto em casa quanto na escola”, sem detalhar como isso será feito.

Entre outras medidas, ele pediu a seu governo que intensificasse a luta contra as drogas, com “dez operações a cada semana”, e contra o islamismo radical, e defendeu a regularização dos “médicos estrangeiros”.

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