O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta quinta-feira (17) que o o esporte não deve ser politizado, no momento em que a Copa do Mundo do Catar-2022 é objeto de debate por seu custo climático e a situação dos direitos humanos no país.

“Acho que não devemos politizar o esporte. Estas perguntas devem ser feitas quando você atribui o evento”, declarou Macron em Bangcoc, após o alvoroço provocado por seu anúncio de que viajará ao Catar se a seleção francesa chegar às semifinais ou à final.

A primeira Copa do Mundo em um país árabe, que começará no próximo domingo (20), provocou diversas polêmicas pelas condições de vida dos trabalhadores locais, o impacto dos estádios climatizados ao meio ambiente e a situação das mulheres e das pessoas LGBTQ+.

As críticas levaram alguns torcedores, em particular na Europa, a boicotar o torneio.

Macron insistiu que “é uma ideia muito ruim politizar o esporte”, ao recordar que Paris será a sede dos Jogos Olímpicos de 2024.

Ele viajou em 2018 à Rússia para assistir a final em que a França venceu a Croácia por 4-2.

A seleção francesa, que desembarcou na quarta-feira em Doha, mantém uma postura cautelosa sobre os direitos humanos no Catar.

A França não seguirá a iniciativa de várias seleções europeias, com vários capitães utilizando uma braçadeira com as cores do arco-íris para apoiar a luta contra a discriminação.

A Fifa não anunciou se autoriza o uso da braçadeira no Catar, onde a homossexualidade é considerada crime.

“É preciso mostrar respeito ao país sede”, justificou o capitão da seleção francesa, Hugo Lloris.

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