Em visita oficial ao Brasil, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, foi recebido nesta quarta-feira (16) no Palácio do Planalto pelo presidente Jair Bolsonaro. Este é o primeiro encontro entre os chefes de Estado desde a posse de Bolsonaro. O argentino não compareceu à cerimônia realizada em Brasília, em 1º de janeiro.

Segundo o G1, Macri chegou por volta das 10h30 ao Planalto. O argentino passou as tropas em revista e subiu a rampa do palácio até a entrada do Salão Nobre, onde era aguardado por Bolsonaro. Houve a execução dos hinos de Brasil e Argentina e os presidentes posaram para fotos.

De acordo com o governo brasileiro, estão na pauta o futuro do Mercosul e a situação da Venezuela, que enfrenta uma grave crise política agravada com a posse de Nicolás Maduro. O mandato dele é considerado “ilegítimo” pelo Brasil. A Venezuela enfrenta há anos uma crise econômica e social que, no caso do Brasil, tem reflexo no fluxo migratório registrado em Roraima.

Brasil e Argentina vão também assinar uma revisão do tratado de extradição entre os dois países, para acelerar processos. A revisão foi acertada em reunião do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, com o ministro da Justiça argentino, Germán Garavano, e com a ministra argentina da Segurança, Patrícia Bullrich.

A agenda da visita de Macri prevê encontro privado dos presidentes, seguida de uma reunião com ministros dos dois países e uma declaração à imprensa. Após as reuniões, haverá um almoço no Palácio Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores (MRE), oferecido por Bolsonaro a Macri.

No caso do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai), diplomas brasileiros defendem a conclusão das negociações de acordos com outros blocos, como a União Europeia. A flexibilização de acordos entre integrantes do Mercosul ficaria para um segundo momento.