O juiz Francisco Ferreira de Lima recebeu denúncia do Ministério Público do Maranhão contra 14 pessoas acusadas de envolvimento nos assassinatos de Maria Eduarda, de 17 anos, e Joyce Ellen, de 16 anos. De acordo com a denúncia, as duas foram obrigadas a cavar a cova onde foram enterradas depois de torturadas e mortas em Timon (MA), em março de 2021.
Conforme as investigações, as vítimas moravam em Teresina e saíram da casa de uma delas durante a tarde do dia 20 de março do ano passado. No mesmo dia, os corpo delas foram encontrado em uma cova rasa, em Timon.
Segundo o juiz, as investigações apontam que a motivação do crime foi uma disputa entre facções criminosas. Os acusados seriam do “Bonde dos 40” e as jovens estariam em contato com membros do PCC.
Na decisão, o magistrado também decretou e manteve a prisão cautelar de Erika Layane de Sousa Santos, Willian de Sousa Teófilo, Mikaelle Fernandes da Silva, Mikaely Kessia Gomes Virgilio, Karina Ellen do Carmo Sousa, Luzilene Ferreira dos Santos, Brenda Emanuele Silva Oliveira, Marta Rebeca Ribeiro da Silva, Manuele Raisa de Sousa Silva, Leonardo Thalyson Ferreira de Sousa, Rafael Stanley Ferreira de Sousa, Luciano Rafael Silva da Conta, Tais Fernanda Machado Oliveira e Antônio de Deus Pereira Neto.
Em entrevista ao G1, o delegado Antônio Valente, da Delegacia de Homicídios de Timon, que comandou as investigações, destacou as características de “tribunal do crime” nas mortes das garotas.
“É típica de ‘tribunais do crime’ [vinganças praticadas por grupos criminosos] a maneira com que essas jovens foram assassinadas, tudo indica que foi isso. Mas nas investigações nós percebemos que elas não tinham ligação com facções, possivelmente elas se envolveram com alguém que teria ligação e isso gerou essa barbárie”, contou o delegado.