O empresário Manoel Mariano de Souza Filho (PSC), conhecido como “Júnior do Nenzim” e candidato a prefeito de Barra do Corda (MA), é acusado de matar o pai, que já comandou a cidade por três vezes. Manoel nega o crime. As informações são do colunista Rubens Valente, do UOL.

O crime aconteceu em 6 de dezembro de 2017, com um tiro no pescoço e à queima-roupa.  Nesta data, ele disse para o pai, conhecido como “Nenzim”, que precisavam conversar com um advogado da família. Manoel disse que o pai pediu para urinar no caminho e que depois ouviu um barulho.

Em seguida, Júnior  disse que estranhou o fato do pai não responder, mas que não percebeu que ele tinha recebido um tiro, apenas viu  “um pouquinho de sangue” saindo do ouvido e decidiu levá-lo para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima. Nenzim chegou a ser levado para um hospital em outra cidade, mas não resistiu e morreu na estrada.

O Ministério Público (MP) disse que o depoimento de Júnior é “insustentável” e que a Polícia Civil identificou que o veículo em que ele estava com o pai passou por uma limpeza completa após o crime.

O MP ainda disse que Manoel roubava gados das fazendas do pai para honrar dívidas de sua campanha eleitoral e que o crime aconteceu depois que Nenzim pediu para o filho que fosse com ele para recontar os animais. Ele então o matou  para “evitar a constatação dos furtos”.

Júnior ficou preso até outubro de 2019, quando 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão aceitou um habeas corpus para que ele aguarde o julgamento em liberdade. Ele alega que não pode ser impedido de se candidatar porque ainda não tem uma condenação.