Lyon e Bayern de Munique vão decidir nesta quarta-feira, às 16 horas (de Brasília), no estádio José Alvalade, em Lisboa, quem enfrentará o Paris Saint-Germain na grande final da Liga dos Campeões, no domingo. Mesmo deixando favoritos pelo caminho, o time francês chega para a semifinal como azarão devido à fase incrível vivida pelo rival alemão, embalado por uma goleada histórica de 8 a 2 sobre o Barcelona, nas quartas de final.

A vitória arrasadora foi o auge de uma temporada que já vinha brilhante para o Bayern. O time alemão busca o sexto título da Liga dos Campeões – não vence desde 2013 – no ritmo de 20 triunfos consecutivos no ano. São 14 somente desde a retomada do futebol, sendo que não empatou ou perdeu nesse período.

O retorno precoce, por sinal, pode explicar o momento vivido pelo time, que voltou a ganhar ritmo antes dos adversários europeus. “Estou entusiasmado com a equipe. Temos uma grande intensidade e uma grande qualidade. Isso nos dá confiança. Estou calmo e relaxado porque o time está muito bem. Mas sabemos que temos que ter a mesma intensidade do jogo com o Barcelona para seguir para a final”, projeta o técnico Hansi Flick, auxiliar de Joachim Löw na seleção alemã entre 2006 e 2014.

Esta intensidade pôde ser vista tanto na goleada sobre o Barcelona quanto nas conquistas do Campeonato Alemão e da Copa da Alemanha. O Bayern, portanto, busca a “tríplice coroa”, como conseguida justamente em 2013. Na época, o time se apoiava em Franck Ribéry e Arjen Robben. Desta vez, a referência é Robert Lewandowski, sério candidato ao prêmio de melhor do mundo neste ano – deve ter Neymar como principal rival nesta disputa.

Em grande fase, o polonês é o artilheiro da Liga dos Campeões, com 14 gols. E explica em grande parte porque o Bayern tem o melhor ataque da competição, com 39. Lewandowski contribuiu também com cinco assistências, sendo um dos líderes da estatística. Motivação não falta ao atacante, uma vez que em 2013 ele estava do outro lado do campo. Enquanto o Bayern comemorava o título, ele era vice-campeão com a camisa do Borussia Dortmund.

A “fome” do atacante e do time não neutralizam a cautela do treinador do Bayern. “O Lyon defende bem e corre muito. Sabemos que temos que fazer bem as coisas e que não podemos errar. Queremos chegar à final e sabemos que não vai ser fácil. O Lyon deixou pelo caminho a Juventus e o Manchester City. Acho que isso diz tudo”, comenta Flick.

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Os triunfos sobre a Juventus, de Cristiano Ronaldo, e Manchester City, do técnico Pep Guardiola, lançaram os holofotes sobre o Lyon. O rendimento do time francês nesta reta final da Liga dos Campeões é uma das surpresas da temporada. Isso porque a equipe esteve longe de brilhar nas competições nacionais.

Ainda na primeira metade da temporada, em outubro, o Lyon demitiu o técnico brasileiro Sylvinho, após somente 11 jogos, e contratou Rudi Garcia. O time fazia o seu pior início no Francês em 24 anos. O treinador francês acabou resgatando o time, que trocou a 14ª pela 7ª posição da tabela. E com potencial para ir além. A competição foi encerrada de forma precoce, a dez rodadas do fim, em razão da pandemia.

“O grupo está muito maduro há algum tempo. Não poder terminar o campeonato (devido à pandemia) foi um golpe. Sabíamos que podíamos fazer muito melhor do que o sétimo lugar. Após o reinício, a preparação foi diferente”, disse Juninho Pernambucano, diretor esportivo do Lyon. Confiante, ele garante que a equipe pode “vencer qualquer um”.

Em busca de sua primeira final de Liga dos Campeões, os franceses não devem ter mudanças na escalação. A aposta será no holandês Memphis Depay, autor de seis gols na competição. Do outro lado, o Bayern terá o retorno do lateral-direito Benjamin Pavard, recuperado de lesão. Se ele for titular nesta quarta, Hansi Flick poderá deslocar Joshua Kimmich para o meio-campo. Neste caso, Leon Goretzka ou Thiago Alcântara iriam para o banco.


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