O atacante francês Marcus Thuram disse neste sábado que “é preciso lutar para evitar” uma vitória do partido de extrema direita Reagrupamento Nacional (RN), de Marine Le Pen, nas eleições legislativas antecipadas na França, que vão acontecer neste verão.

Thuram, 26, foi o primeiro jogador da seleção francesa a se posicionar abertamente contra a extrema direita – opção mais votada no país nas eleições europeias de 9 de junho.

Outros companheiros de seleção do jogador, como Ousmane Dembélé e Olivier Giroud, limitaram-se a incentivar os franceses a ir às urnas em 30 de junho (primeiro turno) e 7 de julho (segunda turno).

“Penso que a situação é triste e muito grave”, disse Thuram durante coletiva de imprensa da seleção, dois dias antes da estreia dos “Bleus” na Eurocopa. “Temos que dizer a todos para irem votar e que lutem diariamente para evitar uma vitória do RN”, acrescentou o atacante do Inter de Milão.

Marcus é o filho mais velho de Lilian Thuram, campeão da Copa do Mundo em 1998 e conhecido por seu compromisso contra o racismo. Após a declaração do jogador, a Federação Francesa de Futebol (FFF) divulgou um comunicado pedindo que se evite “qualquer forma de pressão e uso político da seleção da França”.

A FFF lembrou o direito à “liberdade de expressão” dos jogadores, mas pediu “neutralidade” aos integrantes da seleção antes das legislativas.

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