Maria Ribeiro, também conhecida como “Mulher Maravilha”, foi vítima de assédio no último domingo (26) em Sinop, no Mato Grosso. A lutadora de MMA estava na companhia da cunhada quando um homem passou pela dupla de bicicleta com o órgão genital à mostra e se masturbando.

Indignada, Ribeiro entrou em seu carro com a cunhada e começou a perseguir o assediador.

“Ele passou se masturbando. Comecei a xingar de safado, de vagabundo. Entrei no carro e começamos a perseguição até o final do bairro. Desci do carro, ele partiu de bicicleta e fui atrás, correndo, descalça e o encontrei do outro lado. Eu dei dois tapas na cara dele. Fui de soco, de tudo. Dei um cruzado no queixo, e ele caiu. Fui para cima dele. Não tinha como… ele queria me chamar de doida na frente de todo mundo, disse que era trabalhador, mostrou as mãos calejadas”, descreveu a lutadora ao portal Combate.

“Eu estava transtornada, foi uma coisa que não imaginava nunca passar na vida. Quando ele caiu no chão, pensei: “Vou quebrar o braço desse vagabundo”. Aí as pessoas começaram a me segurar, falaram que eu perderia a razão e não deixaram. Ele ficou com a boca sangrando. Estou arrependida, pois não bati o tanto que poderia ter batido”, lamentou a atleta peso-mosca (até 52kg).

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Após o episódio, o homem foi detido pela polícia e a ocorrência foi registrada. No entanto, Maria foi até a delegacia na última segunda-feira (27) e descobriu que o homem foi liberado. Apesar de estar em liberdade, o homem pode responder pelo crime de importunação sexual e pode pegar até cinco anos de reclusão.

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“Fui hoje (segunda-feira) cedo na delegacia para ver se eu poderia fazer mais alguma coisa para mantê-lo por lá, se precisavam de testemunha… Ele já foi solto. Isso me revolta. Se eu soubesse que ia ser solto, teria espancado para ele não conseguir nem andar. Dá nojo, pavor desse tipo de gente, porque é assim que começa. É o primeiro estágio do estupro. Espero que tenha aprendido uma lição, que pegue medo de fazer um “trem” desses”.

“Foi uma coisa muito séria. Eu estava com uma roupa delicada, blusa fluorescente. Ele nunca imaginaria na vida que a gente ia pegá-lo. Toda vez que olhar para uma mulher, agora, vai pensar duas vezes em aliciar, em se masturbar. É triste ele estar solto. Enquanto não estuprar e matar, não acontece nada”, completou a lutadora.


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