O lutador Anthony Smith por pouco não fez uma loucura para voltar a lutar. Atualmente o terceiro no ranking do Ultimate Fighting Championship (UFC), na categoria meio-pesado (93kg), o norte-americano cogitou amputar um dos dedos após ficar afastado dos octógonos.

Em entrevista concedida à ESPN norte-americana e divulgada pelo portal Ag Fight, o lutador relatou toda sua trajetória desde a última luta em junho do último ano. Smith disse ter travado uma verdadeira batalha para recuperar uma mão fraturada, o que levou o norte-americano em pensar na amputação de um dos dedos.

“Eu tive duas (cirurgias). A primeira falhou. Fui para o meu check up de seis semanas após a primeira cirurgia e a placa estava quebrada e o osso tinha se deslocado novamente. Então, eles abriram de novo, tiraram a placa, cavaram um buraco no meu fêmur, um na minha canela, e tiraram o material esponjoso do osso, que eles usaram como enxerto ósseo na minha mão. Depois eles colocaram outra placa no lado, ao invés de em cima porque tem muitos buracos grandes. Então, eles colocaram no lado e depois encheram esses buracos com o osso esponjoso da minha perna. Foi complicado. Aí eu não conseguia fechar minha mão por provavelmente dois meses – minha mão esquerda”, contou Anthony Smith,

O lutador revelou que depois de todo este sofrimento realmente pensou em tirar um dos dedos para que ele pudesse se recuperar totalmente.

“Eu quase cortei meu dedo fora. Nós íamos amputar meu dedo indicador porque todo o tecido cicatrizado estava segurando o ligamento e não permitindo que ele (o dedo) fechasse e se movesse para frente e para trás. Então, a ideia era que se amputássemos o dedo, e depois aparafusássemos os ligamentos ao osso após sarar, eu ainda conseguiria usar os outros três dedos e o meu dedão para a luta agarrada, mas ainda teria tecnicamente um punho, então eu poderia socar”, revelou o americano.

A ideia, porém, sofreu resistência na família do lutador e do UFC, que teve de procurar uma solução menos extrema. Então, a saída encontrada por Smith foi realizar uma terapia a base de eletricidade, que segundo ele, resolveu o excesso de tecido cicatrizante, o qual limitava os movimentos básicos do lutador.

“Uma senhora maluca fez um tipo de terapia diferente onde eles anexam eletricidade no meu pulso e no meu antebraço, e moveram-na e foram capazes de capturar o músculo que fecha a mão, e, realmente, ela esmagou o tecido cicatrizado. Então, uma vez que ela colocou eletricidade, isso forçou minha mão a se fechar – porque o osso ainda estava sarando e ao fechá-la à força, você está colocando muita tensão naquela fratura”, contou Smith.

Agora, Smith está recuperado e tem uma nova luta pelo UFC contra o brasileiro Glover Teixeira. O embate está marcado para o próximo dia 25 de abril.