Eduard Soghomonyan agora é oficialmente um brasileiro. O lutador, nascido e criado na Armênia, sem qualquer parentesco sanguíneo com brasileiros, conseguiu sua naturalização e poderá defender o Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio, em agosto. Ele é favorito a ficar com a vaga nacional na categoria até 130kg na luta greco-romana.

O lutador chegou a São Paulo em 2012 depois de fazer amizade com membros da delegação brasileira, acompanhada por ele durante os Jogos Pan-Armênios de um ano antes. Eduard compete pelo Brasil desde o ano passado, mas utilizando um chamado passaporte esportivo. Para estar no Rio-2016, precisava da naturalização civil, processo que estava parado no Ministério da Justiça.

O processo foi aberto em 2014 e só foi concluído nesta segunda-feira, quando Eduard recebeu seu passaporte brasileiro. A naturalização agora só precisa ser publicada em Diário Oficial.

Como o passaporte esportivo bastava à federação internacional (UWW, na sigla em inglês), Eduard defendeu o Brasil em diversas competições, incluindo o Mundial do ano passado. Ele lutaria o Pré-Olímpico das Américas, em março, em Frisco (EUA), mas sentiu-se mal antes da pesagem. Dias antes, havia ganhado a prata no Campeonato Pan-Americano, contra os mesmos rivais.

Foi substituído no Pré-Olímpico por Antoine Jaude, especialista na luta livre, que foi ao tapete na greco-romana e conquistou a vaga para o Brasil. A Confederação Brasileira de Wrestling (CBW, antiga CBLA) pretendia fazer uma seletiva entre Jaude e Eduard para decidir quem será convocado para o Rio-2016, mas aguardava o processo de naturalização.

Nos próximos dias, a entidade deve anunciar o formato e as datas dessa seletiva, na qual o armênio, quinto lugar no Mundial Júnior de 2010, sai como favorito. É, afinal, especialista no estilo.

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Como o Brasil conquistou outras quatro vagas na Olimpíada – com Joice Silva (58kg), Laís Nunes (63kg), Gilda Oliveira (69kg) e Aline Silva (75kg) -, os convites dados ao país-sede foram substituídos. Aí, essa vaga obtida na categoria mais pesada da luta greco-romana virou a única no masculino. A CBLA, de qualquer forma, tenta convite para Antoine na luta livre.


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