O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) concede uma entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto nesta quinta-feira, 18, para fazer um balanço do seu terceiro mandato. Durante o encontro, o petista relembrou a realização da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), em Belém (PA), e as críticas feitas pelo chanceler alemão, Friedrich Merz.
“De todas as COPs, eu duvido que já tenha tido uma mais bonita do que a nossa. O pessoal aprendeu a dançar carimbó (folclórica do Pará), coisa mais bonita foi um gringo tentando dançar”, disse. “Só o primeiro-ministro da Alemanha que não tentou e não gostou, completou.
“O primeiro-ministro da Alemanha veio para o Brasil, mas só pensava no chucrute dele [conserva tradicional alemã de repolho fatiado e fermentado com sal]”, afirmou o presidente.
Relembre o caso
Em fala direcionada ao Parlamento, Friedrich Merz elogiou a Alemanha e pediu aos presentes para defender o país, mantendo “senso de proporção e equilíbrio” no trato uns com os outros. Como exemplo, afirmou que todos os jornalistas que o acompanhavam no Brasil na ocasião da Cúpula de Líderes, em Belém, ocorrida entre 6 e 7 de novembro, ficaram “contentes” em retornar à Alemanha ao final do evento.
“Senhoras e senhores, nós vivemos em um dos países mais bonitos do mundo. Perguntei a alguns jornalistas que estiveram comigo no Brasil na semana passada: ‘Quem de vocês gostaria de ficar aqui?’ Ninguém levantou a mão. Todos ficaram contentes por termos retornado à Alemanha, a noite de sexta para sábado, especialmente daquele lugar onde estávamos.”
O discurso foi transcrito pelo governo federal e também disponibilizado no site da Congresso Alemão do Comércio, organizado pela Handelsverband Deutschland (HDE), a principal federação do varejo na Alemanha, e o instituto de pesquisa EHI Retail Institute.
Na ocasião, Merz pedia aos presentes para valorizarem o ambiente comercial próspero e livre da Alemanha. “Vivemos em um dos países mais livres do mundo, e vale a pena defender nosso país, nossa democracia e nossa ordem econômica”, disse. “Essa é uma tarefa que todos nós devemos assumir: defender este país, defender nossa democracia, defender nossa sociedade aberta contra seus inimigos internos e externos – e também defender nossa ordem de economia de mercado”, afirmou.