20/05/2024 - 10:25
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender o jornalista Julian Assange, detido no Reino Unido há cinco anos e acusado de espionagem pelos EUA, em uma postagem no seu perfil oficial do X (antigo Twitter) durante a tarde deste domingo, 19.
Na publicação, o chefe de estado sugere que Julian Assange deveria ter ganho um prêmio Pulitzer por revelar “segredos dos poderosos”. “Ao invés disso, está preso há cinco anos na Inglaterra, condenado ao silêncio de toda imprensa que deveria estar defendendo a sua liberdade”, pontuou Lula, pedindo pela soltura do jornalista.
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“Espero que a perseguição contra Assange termine e ele volte a ter a liberdade que merece o mais rápido possível”, finalizou o presidente.
Nesta segunda-feira, 20, Julian Assange teve um novo recurso contra sua extradição aos EUA concedido pela Justiça do Reino Unido. Teriam sido solicitadas garantias sobre o tratamento do jornalista.
Em março, os magistrados britânicos pediram para que as autoridades americanas permitissem que Assange fizesse o uso da primeira emenda da constituição dos EUA, referente a liberdade de expressão, e que não fosse condenado à pena de morte.
Confira a postagem na íntegra:
Julian Assange, o jornalista que deveria ter ganhado o Prêmio Pulitzer ao revelar segredos dos poderosos, ao invés disso está preso há 5 anos na Inglaterra, condenado ao silêncio de toda a imprensa que deveria estar defendendo a sua liberdade como parte da luta pela liberdade de…
— Lula (@LulaOficial) May 19, 2024
Relembre o caso
Julian Assange, de 52 anos, é fundador da página WikiLeaks, que, conforme o próprio site, é responsável por ter vazado mais de dez milhões de documentos confidenciais fornecidos por fontes anônimas. Entre eles, um ataque aéreo feito pela tripulação de um helicóptero americano em 2007, em Bagdá, no Iraque, que matou jornalistas e civis.
Assange foi preso por não comparecer a um interrogatório de uma corte britânica em 2012, enquanto estava em liberdade sob fiança. O sujeito ficou em asilo na embaixada do Equador em Londres até ser preso em 2019 devido à saída de Rafael Correa da presidência do país sul-americano.
O jornalista é acusado pelo governo dos Estados Unidos de conspirar com um ex-analista do Exército americano para acessar uma rede de computadores com dados confidenciais em maio de 2010.
*Com informações da AFP e Agência Brasil