SÃO PAULO, 9 NOV (ANSA) – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi libertado após ser beneficiado por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), realizou um discurso neste sábado (9) no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), e fez duras críticas ao governo de Jair Bolsonaro. Apesar de ter afirmado ontem (8) que saiu da prisão sem ódio, o líder petista subiu o tom e reforçou ainda mais a polarização política.   

Em seu discurso, iniciado pouco antes das 15h (horário local), Lula atacou a imprensa brasileira, principalmente as emissoras Globo, Record e SBT. “Lá em cima tá o helicóptero da rede Globo de televisão para falar merda de novo sobre Lula e sobre nós”. “A TV do Silvio Santos é uma vergonha, a Record é uma vergonha, e a Globo continua a mesma vergonha. A Globo ate agora não colocou uma matéria do Intercept. A única matéria que ela fez foi pra defender o Faustão, que foi dar aula para o Moro”, afirmou.   

O ex-presidente ainda voltou a criticar seus principais adversários, como o ministro da Justiça, Sergio Moro, o procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e Bolsonaro. “Durmo com a consciência dos homens justos e honestos. Eu duvido que o Moro durma com a consciência tranquila que eu estou. Eu duvido que o Deltan durma com a consciência. Eu duvido que o Bolsonaro durma com a consciência tranquila que durmo. Eu duvido que o destruidor de empregos Guedes durma com a consciência tranquila que durmo. E digo: eu estou de volta”, afirmou. Ao se referir à Lava Jato, Lula ressaltou que precisa “provar que Moro não era um juiz, era um canalha” que estava julgando-o, além de precisar “provar que o Dallagnol não representa o Ministério Público, que é uma instituição séria”. “Ele montou uma quadrilha”, completou. (ANSA)