A chegada de Sidônio Palmeira à Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) já começou a surtir efeito nas redes sociais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nos últimos dias, o petista tem adotado “internetês” para atrair jovens e, de quebra, alavancar o governo.
Nos últimos dias, Lula tem deixado as fotos oficiais de lado e investido em vídeos. A câmera fica bem próxima ao rosto, dando sinais de proximidade com os seguidores.
Além disso, o presidente da República entrou na onda de memes nas redes sociais. Na última semana, publicou um viral de “POV” para vender as realizações no Minha Casa Minha Vida.
Essas mudanças têm digitais de Sidônio Palmeira, o encarregado de alavancar o governo. Ele chegou para ocupar a cadeira de Paulo Pimenta (PT-RS) e tem apitado em todos os setores, inclusive na comunicação dos ministérios.
Como mostrou o site IstoÉ, Palmeira é um dos ministros que mais batem ponto no Palácio do Planalto. Em menos de 20 dias, foram 13 encontros oficiais na sala de Lula. O número é o mesmo dos ministros Rui Costa (Casa Civil) e Fernando Haddad (Fazenda), outros dois que diariamente se reúnem com o chefe do Executivo.
Alguns dos encontros foram com outros membros da Esplanada, como Camilo Santana (Educação) e Nísia Trindade (Saúde). Além da cobrança de programas que se tornem marca do governo, Lula quer a intervenção de Sidônio para evitar crises nos ministérios e, de quebra, melhorar a comunicação das pastas.
Nos bastidores, o novo ministro da Secom é chamado de Super Sidônio pelos poderes dados a ele. Ele não apenas assumiu o comando da comunicação do Planalto, mas bateu de frente com Lula e demitiu um nome próximo do petista e uma forte aliada da primeira-dama, Janja da Silva, para alavancar o governo.
Na reunião ministerial, Sidônio mostrou seu cartão de visitas e foi o ministro com maior tempo de fala. Uma das estratégias apresentadas foi a comparação entre o governo petista e a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além de críticas e ataques a potenciais candidatos ao espólio do bolsonarismo. Essa ideia foi colocada em prática na última semana, durante a assinatura da concessão da BR-381, em Minas Gerais, quando Lula e os ministros Rui Costa e Renan Filho (Transportes) criticaram o governador do estado, Romeu Zema (Novo), um dos pré-candidatos do bolsonarismo em 2026.