Pela primeira vez desde o dia 7 de abril, quando foi preso para cumprir pena na Lava Jato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai deixar a Sala Especial que ocupa no último andar do prédio-sede da Polícia Federal em Curitiba. O petista será levado, sob escolta da PF, à Justiça Federal na capital paranaense para depor, por videoconferência, como testemunha de defesa de seu antigo aliado, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB).

O depoimento está marcado para 5 de junho, às 13h, no âmbito de denúncia que Cabral responde na Operação Unfair Play, que mirou esquema de compra de votos para a escolha do Rio como sede olímpica de 2016.

De acordo com a denúncia, o ex-governador, o ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) Arthur Nuzman e o diretor de operações e marketing do COB Leonardo Gryner solicitaram diretamente ao empresário Arthur Soares propina de US$ 2 milhões para os senegaleses Papa Diack e Lamine Diack. O valor garantiria votos para o Rio.

No dia 22, o juiz federal da 7.ª Vara do Rio, Marcelo Bretas, determinou a data do depoimento de Lula. Nesta quarta-feira, 23, chegou à Justiça Federal do Paraná carta precatória com os dados da audiência.

“DEPRECA a Vossa Excelência a INTIMAÇÃO E INQUIRIÇÃO, preferencialmente por videoconferência, de LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, testemunha de defesa de Sérgio de Oliveira Cabral Santos Filho, nos autos do processo em epígrafe, informando que os IPs deste Juízo são 172.31.6.97 (infovia) e 177.223.208.97 (internet)”, diz a carta.

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