Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira, 7, mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém a liderança nas intenções de voto para a Presidência no 1º turno com 45% na pesquisa estimulada. O presidente Jair Bolsonaro (PL) continua em segundo lugar com 31%, primeira vez em que aparece acima dos 30% na série histórica.

O cenário desconsidera a participação do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) na corrida. O levantamento mostra que dos 6 pontos porcentuais que iriam para Moro, dois migram para Bolsonaro e os outros quatro se diluem entre Lula, Ciro Gomes (PDT) e João Doria (PSDB).

Ciro aparece em terceiro lugar, com 6% das intenções de voto. Na sequência estão André Janones (Avante) e Doria empatados com 2%. Simone Tebet (MDB) e Vera Lúcia (PSTU) acumulam 1% cada. Brancos, nulos e indecisos somam 12%.

O levantamento mostra que para 64% dos entrevistados a escolha do voto para presidente é definitiva, enquanto 35% disseram que “podem mudar caso algo aconteça”. Dos que votam em Bolsonaro, 69% afirmaram que é definitivo; em Lula, 76%; e entre os que não querem “nem Lula, nem Bolsonaro”, 66% disseram ser uma escolha definitiva.

Segundo turno

Nas projeções para segundo turno, Lula manteve a liderança dos demais candidatos em todos os cenários testados. Contra Bolsonaro, o petista teria 55% dos votos e o presidente, 34%.

Em um suposto segundo contra Ciro Gomes, o ex-presidente atinge 55% das intenções de voto, e o pedetista 22%. Na disputa contra Doria, Lula pontua 58% e o tucano, 16%. Contra o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite, o ex-presidente fica com 58% e Leite, 17%.

Avaliação do governo

A pesquisa também mostra que 47% dos entrevistados avaliam a gestão do presidente Jair Bolsonaro como “negativa”, enquanto 26% consideram “positiva” e 25% “regular”. Para 52%, o governo está “pior do que esperava”, enquanto 29% disseram estar “nem melhor, nem pior” e 17% “melhor do que esperava”.

Dos entrevistados, 46% avaliam que o principal problema do País é a economia, enquanto 14% consideram que “saúde/pandemia” estão à frente. Para 12%, o maior problema são “questões sociais” e 9% consideram a “corrupção”.

Em relação aos preços dos combustíveis, 24% disseram que o maior responsável pelo aumento é Bolsonaro. Para 15%, o maior responsável é a Petrobras, enquanto 14% acreditam que seja consequência da guerra entre Rússia e Ucrânia. Dos entrevistados, 12% responsabilizam governadores.

No levantamento, foram entrevistadas 2 mil pessoas acima de 16 anos, de forma presencial, entre os dias 1º a 3 de abril. A margem de erro é de dois pontos porcentuais e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral sob número BR-00372/2022.