Lula se pronuncia após morte de Leo Batista: ‘O Brasil sentirá falta’

Jornalista morreu neste domingo, aos 92 anos, após diagnóstico de câncer no pâncreas

Divulgação/TV Globo
Léo Batista tinha 92 anos de idade Foto: Divulgação/TV Globo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou neste domingo, 19, a morte do jornalista esportivo Leo Batista, aos 92 anos. Por meio de uma rede social, Lula exaltou a trajetória de Batista e disse que o país sentirá falta do jornalista.

Leo Batista morreu neste domingo, após ficar 13 dias internado em decorrência de um câncer no pâncreas descoberto após um quadro de desidratação e dor abdominal. Ainda não há informações sobre velório e enterro do jornalista.

“Nos despedimos hoje de Léo Batista, ícone do jornalismo brasileiro, a voz marcante da televisão brasileira, aos 92 anos. O seu talento para a narração foi descoberto cedo, nas rádios do interior de São Paulo, quando ainda era adolescente. Por mais de sete décadas, Léo Batista cativou a atenção dos brasileiros em históricas narrações esportivas em Copas do Mundo, Olimpíadas e na Fórmula 1”, disse Lula.

“Entre tantos programas, merece especial menção o inesquecível quadro em que anunciava os resultados da loteria esportiva aos domingos no Fantástico, da TV Globo, ao lado da zebrinha. Um profissional dedicado e muito querido que trabalhou até os últimos dias de vida. O Brasil sentirá a falta do grande profissional e seu talento. Meus sentimentos aos familiares, amigos e admiradores do grande Léo Batista”, completou o petista.

Filho de imigrantes italianos, Leo Batista nasceu em Cordeirópolis, no interior de São Paulo. Aos 15 anos, trabalhou em serviços de alto-falantes na sua cidade natal e rapidamente se estabeleceu no rádio, ainda nos anos 1940.

Ele dedicou mais de 76 anos de sua vida à comunicação, sendo 53 deles à TV Globo, onde se consagrou especialista em esportes. Apaixonado por futebol e torcedor fanático do Botafogo, o jornalista virou um personagem histórico na TV aberta.

Apesar da especialista, Léo ficou conhecido como “coringa” da emissora carioca. Em 1970, como freelancer, foi chamado para compor a equipe esportiva da Globo, que mandou jornalistas para o México para a cobertura da Copa do Mundo daquele ano.

Logo após o campeonato, o locutor teve de substituir o apresentador Cid Moreira (1927-2024) em uma edição do “Jornal Nacional”. Depois disso, foi contratado em definitivo, chegando a apresentar as edições de sábado do “JN”.

O jornalista, inclusive, se tornou o primeiro apresentador tanto dos telejornais nacionais “Jornal Hoje” (1971) e “Esporte Espetacular” (1973), quanto do regional “Globo Esporte” (1978).

Multifacetado, Léo Batista também participou do “Globo Rural” e encabeçou grandes acontecimentos da História, como ser o primeiro locutor a noticiar a morte do presidente Getúlio Vargas, em 1954, além de ter sido o primeiro narrador do país a fazer uma transmissão de surfe e de Fórmula 1 na televisão.

O jornalista também foi o responsável por trazer à TV aberta o quadro de gols do “Fantástico”, aos domingos, o que mudou a forma de consumir futebol a partir daí.