O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou, nesta quinta-feira (18), sua disposição em mediar uma “solução pacífica” entre Estados Unidos e Venezuela, com uma possível conversa com Donald Trump nos próximos dias.
O governo de Trump acusa o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de liderar um cartel de tráfico de drogas. Em uma ofensiva antidrogas na região, realizou uma grande mobilização militar perto da costa da Venezuela e, nesta semana, declarou um bloqueio de “navios petroleiros sancionados” com origem ou destino em Caracas.
Maduro assegura que o real objetivo dos Estados Unidos é uma mudança de regime, em vez da motivação declarada de deter o narcotráfico.
Em meio à escalada de tensões entre Washington e Caracas, Lula disse estar “à disposição” de ambos os governos e acrescentou que “possivelmente” conversaria com Trump antes do Natal para evitar uma “guerra fratricida”.
Em coletiva de imprensa em Brasília, Lula disse estar “muito preocupado” com a crise entre os dois países.
O presidente, de 80 anos, explicou ter dito a seu par dos Estados Unidos, em uma conversa telefônica no início do mês, que “as coisas não se resolveriam dando tiro” e que era “melhor sentar em volta de uma mesa para a gente encontrar uma solução”.
“Estou à disposição tanto da Venezuela quanto dos Estados Unidos para contribuir numa solução pacífica no nosso continente”, declarou Lula.
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