O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira, 13, em depoimento ao juiz Sergio Moro que sua relação com a Odebrecht era a mesma que ele tinha com todo o empresariado brasileiro.

“Fui o presidente que mais se reuniu com empresários de todos os setores desse País. Fui o presidente que mais viajou o mundo, fui o presidente que mais viajou no País e, portanto, fui o presidente que mais teve contato com empresário. Muitos, mas muitos”, disse Lula ao responder à pergunta de uma procuradora do Ministério Público sobre suas relações com a empreiteira.

Na sequência, emendou que Emílio Odebrecht, patriarca da família dona da construtora, era tratado como um grande empresário assim como os executivos da Camargo Corrêa, da OAS, do Pão de Açúcar, da indústria automobilística e do setor de etanol.

Questionado se Emilio levava às reuniões com Lula pedidos de interesse do grupo, respondeu que as pautas dos encontros eram relativas ao “desenvolvimento do Brasil”, no que os assuntos da Petrobras estavam incluídos.

O petista disse não ter conhecimento do projeto de reforma do Instituto Lula, que, segundo depoimento dado por Alexandrino Alencar, um dos delatores da Odebrecht, teria sido apresentado a Lula. “Acho que é mentira”, afirmou Lula, que confirmou que Alencar acompanhou “algumas reuniões” entre o ex-presidente e Emilio Odebrecht.

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