O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu na segunda-feira (23) em Nova York o prêmio concedido pela Fundação Bill e Melinda Gates pelas suas políticas de combate à fome e à pobreza no Brasil, no âmbito da iniciativa Goalkeepers.

“A obsessão que eu tenho para tentar cuidar de combater a fome no mundo é exatamente pela minha origem. Eu nasci num estado muito pobre do Nordeste e, com sete anos de idade, a minha mãe teve que se retirar do Nordeste para São Paulo, com oito filhos menores, na perspectiva de fazer os filhos sobreviverem”, afirmou o presidente do Brasil.

Lula considerou “inadmissível que, no século XXI com alta tecnologia”, crianças durmam sem jantar e “acordem sem ter um pão com manteiga para tomar o café da manhã. Ele acrescentou que acabar com a fome é “responsabilidade” dos governantes do mundo.

Segundo o Banco Mundial, em 2022 mais de 712 milhões de pessoas viviam na pobreza extrema em todo o mundo, um aumento de 23 milhões na comparação com 2019.

“Seu trabalho nos mostra que todos podemos ter a visão de que programas concretos podem gerar avanços incríveis para que cada criança possa crescer e progredir”, disse Bill Gates, o filantropo bilionário cofundador da Microsoft.

Durante seus governos, Lula aplicou o programa Bolsa Família, que considera, “sem medo” de errar, “o programa de maior sucesso” no combate à fome no mundo.

Em 2014, disse, o Brasil acabou com a fome, mas quando retornou à presidência, em 2023, o país tinha 33 milhões de pessoas com necessidades alimentares, das quais 24,5 milhões superaram o problema. Ele espera que até 2026, quando terminar o terceiro mandato, o país não tenha mais ninguém neste grupo.

Nos dias 18 e 19 de novembro, durante a reunião do G20 no Rio de Janeiro, Lula pretende lançar a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.

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