25/09/2024 - 18:01
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenou nesta quarta-feira (25) com veemência o comportamento de Israel e declarou que a solução para a guerra na Ucrânia “é diplomática, não militar”.
+ Na ONU, Zelensky questiona interesse do Brasil em acordo de paz
Em uma entrevista coletiva em Nova York, nos Estados Unidos, após concluir as agendas internacionais no país, o petista disse que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, promove “genocídio” no Oriente Médio.
“Eu condeno de forma veemente esse comportamento do governo de Israel e tenho certeza que a maioria do povo de Israel não concorda com esse genocídio”, disse.
Lula também criticou Netanyahu por não ter cumprido as tentativas de paz e de cessar-fogo aprovadas pela comunidade internacional, além de recordar que o premiê “está condenado da mesma forma” que o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
Já sobre Kiev, o posicionamento de Lula foi uma resposta para as críticas feitas pelo seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, que questionou o papel do Brasil nas tratativas para um possível cessar-fogo no Leste Europeu.
“Eu acho que ele só falo o óbvio. Ele tem que ser contra a ocupação territorial, é a obrigação dele. O que ele não está conseguindo fazer é a paz. E o que nós estamos propondo fazer não é a paz por ele. Estamos é chamando atenção para que eles levem em consideração que somente a paz vai garantir que a Ucrânia sobreviva enquanto país soberano”, declarou o petista.
“Ele [Zelensky], se fosse esperto, diria que a solução é diplomática, não militar. Isso depende da capacidade de sentar e conversar, ou vir o contrário e tentar chegar a um acordo para que o povo ucraniano tenha sossego na vida”, concluiu.